A logística é uma das principais responsáveis por manter as empresas competitivas, algo que é mais do que necessário em um mercado cada vez mais acirrado.
Isto acontece porque esta área é responsável pela entrega das mercadorias aos clientes e lida de forma direta e indireta com diversas partes. No entanto, existem muitas dúvidas entre os profissionais do ramo sobre os conceitos de logística.
Diante de sua importância para o sucesso dos empreendimentos, criamos este artigo para esclarecer os principais conceitos da área, como tipos de transporte, cadeia logística, estoque, supply chain, entre outros. Está pronto para conhecê-los melhor? Então, continue a leitura.
1. Modais de transporte
Os diversos tipos de transportes disponíveis atualmente são essenciais para o bom funcionamento da cadeia logística de qualquer empresa. No Brasil, existem cinco principais modais ou tipos de transportes utilizados em logística:
Rodoviário
O mais conhecido e utilizado modal de transporte no Brasil. O envio de cargas por estradas e rodovias corresponde a 76% de toda a distribuição logística no país. Mesmo que o número de roubos e extravios tenha crescido consideravelmente, o transporte rodoviário ainda é um dos mais indicados para planejamentos logísticos de curta distância.
Ferroviário
Indicado para cargas de grandes volumes, este meio de transporte é considerado de baixo custo se comparado a outros. Ao contrário do modal rodoviário, o ferroviário apresenta rotas fixas, pois não é possível flexibilizar o seu trajeto. Ainda que seja um meio de transporte barato, o modal ferroviário sofre muito com o descaso do governo com toda a malha ferroviária do país.
Aéreo
O meio de transporte mais rápido e aquele que consegue percorrer as maiores distâncias. O modal aéreo é muito indicado para empresas que necessitam entregar suas mercadorias com urgência e que não podem esperar o meio rodoviário para atravessar grandes distâncias. Mesmo sendo uma ótima opção, o transporte aéreo só é indicado em algumas circunstâncias, pois os valores praticados costumam ser mais elevados.
Aquaviário
Mais um meio de transporte capaz de carregar grandes volumes de carga. Tal como o modal aéreo, o aquaviário pode alcançar distâncias maiores, porém, agilidade está longe de ser um diferencial. Por ser o único modal por vias aquáticas, não disputa espaço com outros meios de transporte, mas os valores dos seguros são considerados altos.
Dutoviário
O mais peculiar entre os meios de transporte. Toda a operação é feita por meio de dutos e tubos subterrâneos ou submarinos. Este modal tem um alto custo para implantação inicial, mas um baixo custo operacional. O modal dutoviário basicamente só transporta produtos líquidos ou gasosos, além de serem necessárias licenças ambientais para sua implantação.
2. Relações entre o transporte e o estoque
Como é conhecido pelos estudiosos em administração, uma organização — privada ou não — que utilize algum meio de transporte para apoiar seus planejamentos deve tratá-lo do mesmo jeito que o faz na compra de qualquer outra mercadoria: tomando como critérios a qualidade, o preço e o serviço oferecido.
É dentro deste princípio que o gestor deve tomar a sua decisão para escolher o melhor serviço de transporte, para que não comprometa uma das suas mais importantes obrigações: o estoque. Toda empresa precisa manter o seu estoque sob controle; dependendo do segmento, isso é ainda mais necessário. Por isso, a relação entre transporte e os números do estoque deve ser coesa e com o mínimo de erros.
Se o sistema de transporte não consegue cumprir prazos de coletas e entregas, automaticamente o estoque sofrerá com essa ineficiência.
3. Supply Chain
O termo “Supply chain” vem da língua inglesa e significa “cadeia de suprimentos” ou “cadeia logística”.
Para entender este conceito, tenha em mente que ele compreende todo o processo relacionado com a logística de produtos e serviços desde o fornecimento da matéria-prima até a entrega do produto ou serviço acabado ao consumidor final, passando pelo movimento da carga entre fabricantes, transportadoras, armazenadores, distribuidores e varejistas.
A cadeia logística é dividida em três partes:
Suprimentos
Gestão da matéria-prima e suprimentos. Engloba o pedido ao fornecedor, transporte, armazenagem e distribuição.
Produção
Controle do número de estoque do produto em fabricação. Envolve o fluxo de materiais da fábrica, abastecimento e distribuição inicial do produto pronto.
Distribuição
Gerencia o pedido do cliente e os meios de distribuição. Administra o estoque do produto fabricado, armazenagem e entrega para o consumidor final.
4. SCM – Supply Chain Management
Também originário da língua inglesa, o termo SCM – Supply Chain Management significa Gestão da Cadeia de Suprimentos.
Ele consiste em um processo de gerenciamento estratégico dos fluxos, de mercadorias, serviços, informações e recursos financeiros entre as organizações e consumidores, com o objetivo de criar valor e gerar vantagens para clientes e demais envolvidos.
O Supply Chain vai além da simples realização das operações, na medida em que se importa com a satisfação dos clientes e com a sua retenção.
5. Gestão de frotas
A gestão de frotas trata de organizar recursos, sistemas e informações para gerenciar um coletivo de veículos pertencentes à empresa. Para realizar uma gestão de frotas assertiva, é importante ficar atento a alguns pontos:
- usar automatização nas transações logísticas, no intuito de reduzir tempo, custo e falhas;
- compartilhar dados e informações de cronogramas e inventário;
- trabalhar com uma rede colaborativa para responder de forma rápida às mudanças do mercado.
Você quer aprender mais sobre Gestão de Frotas? Acesse o nosso artigo: Gestão de frotas: saiba já como fazer um bom planejamento.
6. Jornada dos motoristas
Tão importante quanto a gestão de frotas é o acompanhamento da jornada dos motoristas. Existem leis no Brasil que regulamentam o horário de trabalho, descanso, paradas e outros aspectos da atividade desses profissionais. Além disso, é importante a empresa fazer um acompanhamento correto para evitar excessos e outras adversidades que possam ocorrer.
Se o serviço for terceirizado, deve ser exigido que o veículo tenha um controle de bordo no qual sejam feitas anotações de horários e demais atividades exercidas pelos motoristas, pois tudo isso servirá como controle da jornada. Além disso, é sempre importante verificar a documentação do veículo e situação da CNH do motorista.
7. SKU
Já imaginou a complexidade que é controlar milhares de itens no armazém ou na gôndola? Com o SKU, essa missão se torna muito mais prática. Trata-se de um código único para identificar o produto e controlar o estoque.
Por meio desse código é possível saber exatamente qual é o estoque do produto, as suas posições de armazenagem, histórico de vendas, validade, peso, dimensões e outras informações relevantes. Não se deve confundi-lo com código de barras, pois o SKU serve apenas para controle interno. Além disso, pode-se criar uma lógica que facilite sua identificação.
Esses são alguns dos principais conceitos de logística que você precisa conhecer. No entanto, este é apenas o começo. O ideal é se aprofundar nos tópicos apresentados e adquirir novos conhecimentos, de modo a aumentar a sua bagagem de conhecimento e se tornar um profissional cada vez mais preparado para gerar os resultados necessários para o crescimento de sua empresa.
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